O impacto da transformação digital nos modelos de gestão e liderança
Os modelos de gestão sofreram grandes mudanças durante a história da humanidade, desde a Revolução Industrial até o momento em que vivemos, onde tudo está constantemente conectado, ou seja, a Internet das Coisas. Isso implica na evolução não somente da gestão e da comunicação entre superiores e subordinados, mas também na forma em que as lideranças lidam com o mundo digital para gerir a empresa como um todo.
Não há como pensar em gestão na era tecnológica sem antes pararmos para pensar na cultura da empresa, ou seja, como os processos da empresa estão alinhados dentro e fora dela, mas também em conformidade com a era tecnológica.
A transformação digital pode ser entendida como uma mudança de mentalidade que as empresas devem passar, com o objetivo de se tornarem mais modernas e acompanharem os avanços tecnológicos que constantemente estão surgindo. O que exige da cultura das empresas, essa abertura para lidar com o que há de novo, o que, algumas vezes, se torna engessada pelas lideranças que não abrem mão do seu “processo padrão” de trabalho. É por isso que implantar a transformação digital em uma empresa não é tão simples quanto utilizar uma nova funcionalidade.
Isso significa que a transformação digital de uma empresa, vai muito além de fazer uso de uma nova ferramenta, estamos falando do processo de implementação de um mindset (mentalidade) digital em todos os setores.
Independentemente de como seja o produto ou serviço, ele pode ser o mais analógico possível, o que realmente interessa é como são os processos de produção e comercialização. É importante que eles estejam adequados a lógica do mundo digital. E qual a lógica? Estar atento as mudanças rápidas, das respostas instantâneas, da flexibilidade e agilidade.
Para você compreender melhor, explicamos, abaixo, alguns aspectos que podem ser considerados os pilares da transformação digital:
- Foco no consumidor: a facilidade de entender o público alvo. Nunca foi tão fácil entender o que os consumidores estão esperando das marcas. Então, é fundamental estar atento a essas informações, pois elas orientam todo o trabalho da empresa;
- Feedbacks constantes: todas as empresas cometeram, cometem e cometerão erros. Como agora há mais e melhores possibilidades de obter feedback, é preciso aproveitar as falhas para qualificar o produto, ou serviço e, dessa forma, melhorar os próximos passos;
- Entregas mais ágeis: todos esses processos devem ser otimizados, ou seja, produção, lançamento, coletar feedbacks e corrigir os erros quando preciso – devem acontecer com a máxima eficiência;
- Adaptação às mudanças: As entregas precisam ser cada vez mais ágeis pois os contextos mudam o tempo todo. Por isso, a empresa precisa ter resiliência e, ao mesmo tempo, capacidade de flexibilizar seus processos.
Liderar uma equipe é um grande desafio e, com a pandemia, muitas empresas não tiveram outra escolha a não ser aderir ao trabalho remoto, o que trouxe ainda mais dificuldade para as ações de gestores, que precisaram aprender rapidamente a estender seu poder de influenciar o time à distância.
Além disso, foi possível perceber com a pandemia, um enorme contraste entre as organizações que não se adequaram ao mundo digital e as que já estavam inseridas na tecnologia, investindo em ferramentas de operação, isso facilitou a adequação ao “novo formato de trabalho”.
A busca das empresas pelo avanço na digitalização demandou uma abordagem inovadora sobre o momento em que vivemos; através da busca por novas engenharias de design e softwares, permitiram o avanço dos produtos e mais agilidade nas atividades empresariais. Além disso, através dos meios digitais e da comunicação cada vez mais instantânea com chat-boots, por exemplo, podemos ver um atendimento ao cliente mais customizado e um foco maior na operação dos processos internos.
Percebe-se, assim, que a transformação digital pode trazer mudanças significativas ao cenário competitivo. Muitas vezes, essa mudança pode ser boa para as empresas e, às vezes, pode ser ruim. O sucesso em tempos de crises e mudanças estruturais demanda cada vez mais um papel proativo da liderança, que deve estar em alinhamento com a inovação.
No entanto, isso nos faz questionar quais fatores levam uma empresa a não somente sobreviver à crise, mas também a apresentar bons resultados no longo prazo?
É possível perceber como o foco durante a transformação digital continua sendo as pessoas, ou seja, buscar novas formas de facilitar, melhorar a qualidade de vida, são premissas que tornam o fator principal para o sucesso durante essa transformação. Assim como o investimento das empresas na busca por acompanhar essas mudanças são igualmente importantes para a competividade e manutenção da marca no mercado.
Os líderes que apresentam os talentos certos e nos lugares certos em uma organização se tornam o fator primário para o sucesso da empresa. Eles vão buscar soluções viáveis para conseguir junto a equipe maior capacidade de aproveitamento de ferramentas e estratégias para uma transformação digital bem-sucedida e, assim, superar os obstáculos que surgirem. Nós chamamos essas pessoas de “líderes digitais”.
Sendo assim, é importante compreender que apenas replicar o modelo tradicional de liderança não terão mais efeito para os desafios que já enfrentamos no mundo atual, muito menos com os desafios que virão pela frente. A liderança do comportamento na gestão digital exige: learning in the flow of work, experimentações, gestão do autoconhecimento, gestão de conflitos, lidar com desafios de maneira clara, segura e em busca de ambientes criativos, entre outros. Em termos simples, o líder digital deve ter a capacidade de aprender constantemente, resolver problemas e liderar seu time junto as transformações de maneira proativa.
Hoje, mais do que nunca, um líder digital precisa ampliar o seu leque de soft skills para gerir o seu Capital Humano, seja ele longe do escritório, ou em meios tradicionais de trabalho. Por isso, melhor que você seja em suas atividades, é necessário estar sempre conectado com as qualidades “humanas” para que você alinhe as novas transformações ao seu processo de desenvolvimento.